
Foi relendo sobre a história e geografia do RS, quando meu objetivo era escrever um livro sobre o Visconde do Serro Alegre, que verifiquei a pluralidade e a diversidade étnica e cultural do estado, que constatei dados interessantes sobre o problema fundiário da campanha sulina.
Conhecendo autores que sabiamente contam a história do Rio Grande não a partir da ótica das elites do estado (passadas e presentes), mas a partir da ótica do povo humilde que trabalha nas estâncias e fazendas deste estado, que se inicia o meu entendimento da disputa fundiária do brasil meridional.
Foi nos livros das guerras e revoluções sul-riograndense que constatei a existência de uma diversidade gaúcha e as múltiplas facetas que compõem a alma e o coração do homem do campo, a sua ligação com com a terra e a natureza, o que, aliás, era o objetivo da minha pesquisa, mas, além disso, encontrei dados que comprovam nosso problema de concentração de terra, com a consequente saída do estado, dos descendentes de colonos rio-grandenses.
Estas emigrações vem acontecendo desde a década de 1930 até nossos dias e aconteceram assim: Em 30-SC; 40-PR; 50 e 60-MS; 70-MS,MT-RO-GO-PA; 80 e 90-MG-BA-PI-MA-TO-MT-RO-AC-RR-PARAGUAI e ARGENTINA.
A estrutura fundiária do R.S. onde 2% tem muita terra, 5% tem médias propriedades, 29% tem pequenas áreas de terra e 64% dos imóveis rurais que são considerados minifúndios. Pelas sucessivas divisões das heranças nas pequenas propriedades foram acontecendo e forçando as migrações e o êxodo rural.
Entendi através dos gráficos para as crianças da 4ª série, porque existe hoje o Movimento Sem Terra no estado e neste país chamado Brasil, exigindo Reforma Agrária, o que, aliás, já aconteceu na Europa ainda na Idade Média.
A mídia mostra o MST, suas mobilizações, principalmente algum exagero que o movimento possa cometer aos “olhos” do senso comum, entretanto nunca mostrou de onde e o porquê veio!
Fica aqui o “Espaço Debate Aberto” para discussões e debates.
A curiosidade, e investigação, o levantamento de hipóteses, as conclusões devem ser encaminhados diretamente neste blog.
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