sexta-feira, 2 de outubro de 2009

RIO 2016


A OLIMPÍADA É NOSSA

NATAÇÃO
Atletas como Tiago Camilo, Laís Souza e Giba se reuniram no Pinheiros na manhã desta sexta-feira para acompanhar a eleição da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A nadadora Fabiola Molina foi, de longe, a mais emocionada com o sucesso do Rio de Janeiro em Copenhague entre os competidores.

Apreensiva nos minutos que antecederam o anúncio oficial, ela cobria a boca com as duas mãos. No momento em que a cidade brasileira foi declarada vencedora, Molina não controlou a emoção e foi às lágrimas diante da televisão. Depois de abraçar o marido e nadador Diogo Yabe, a atleta enxugou as lágrimas para conceder entrevista.

"Desde pequeno todo atleta sonha participar de uma Olimpíada. Você treina todo dia pensando nisso. É uma coisa que mexe com o desejo do atleta e é incrível pensar que vai ter uma Olimpíada no Brasil", afirmou a nadadora de 34 anos, presente em Sidney-2000 e Pequim-2008.

A atleta ficou comovida com a confiança depositada no Rio de Janeiro em detrimento de Chicago, Tóquio e Madrid. "Isso significa que o Brasil cresceu não só como país, mas também no esporte. É muito bacana quando alguém vem e fala: 'você consegue, eu confio em você'. A gente fica emocionada de saber que o Brasil está nessa situação".

Com 34 anos, Fabiola Molina ainda não pensa na aposentadoria. No momento de fazer contas e falar sobre sua possível participação nos Jogos Olímpicos de 2016, ela lembra o exemplo da nadadora norte-americana Dara Torres, que competiu em Pequim com 41 anos.

"A Dara só teve uma filha e eu não quero ter um filho único. Se eu parar de nadar com 37 anos e tiver dois filhos, depois vou estar com 39 para 40 anos. Teria pouco tempo para chegar no nível olímpico. A probabilidade não é tão grande, mas a gente nunca sabe o que vai acontecer", sonha Molina.

Mesmo se a vida familiar impedí-la de participar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a nadadora pretende participar de alguma forma. "Quero compartilhar a minha experiência com os atletas mais jovens e viver essa situação de alguma maneira", encerrou Molina.

VOLEI
"A indicação do Rio de Janeiro foi super importante para o Brasil. Espero que a valorização seja ainda maior, para nós, atletas, disputar os Jogos Olímpicos é muito importante. Para mim foi um sonho, já que em 2004 não pude ir, pois tinha operado o ligamento cruzado do joelho", comemorou Jaqueline.

A capitã do time, Carol, preferiu lembrar que um evento deste quilate no Brasil permitirá que as famílias apóiem as jogadoras da seleção. "Fantástico! Nas Olimpíadas o emocional conta muito, ter família e torcida por perto é fundamental. Vai ser muito bom em vários sentidos, como o lado econômico e cultural. Só me preocupo com a violência", analisou.

Quem também gostou muito da notícia desta sexta-feira foi o técnico do Sollys/Osasco e da seleção brasileira infanto-juvenil, Luizomar de Moura, que projeta uma evolução dos esportes em geral. "Vai ser muito bom para todos. Serão seis anos de investimentos nos esportes olímpicos. Todos serão beneficiados, atletas, clubes e o esporte em geral", relatou.