César Benjamin e o rei do Senegal
Por Antonio Pereira
Cesar Benjamim é um animal político; na vida política, já dizia Maquiavel, não se pode deixar passar a oportunidade. Política é momento, ocasião, o real, o aqui e agora. Nesse âmbito, toda reflexão metafísica sobre e condição humana é inútil e supérflua. Trata-se, portanto, de um texto de oportunidade ou oportunista, como queiram, maquiavélico no bom e no mal sentido, e cujo objetivo está longe de uma “reflexão sobre a complexidade da condição humana”, como inutilmente quer nos fazer crer o Ex-militante de esquerda ao final do seu artigo.
Essa é só mais uma das muitas artimanhas de que Cesar Benjamim lança mão para escamotear seu verdadeiro propósito: destruir a imagem do Lula, que além de analfabeto, equivocado, burro e boca suja, seria ao mesmo tempo gay, estuprador e um pedófilo com apetite sexual incontrolável; um monstro capaz de atacar, sem pudor, indefesos “Cesinhas” ( “meninos do MEP”). Note-se que Cesar, “ele mesmo”, não pretende “acusar, rotular e julgar” Lula, “o filho da p. do Brasil”! , isto ficará a cargo do leitor mediano da Folha.
Agora, só vejo um César: aquele que adorna sua prosa e monta um discurso eloqüente para cair como um raio na cabeça do leitor. Mas é justamente aqui que mora o perigo: pois a eloqüência, destituída de um fundo de verdade, virá um panfleto ruim, e a história pessoal, sincera ou não, de luta e sacrifício, em breve se transformará em farsa. Para concluir, ao contrário do aqui foi dito, não acho César Benjamim um caso de demência, mas sim um animal político bem “esperto” ou que se julga muito “esperto”, amigo de gente “esperta” na terra “dos espertos”, para citar o Nelson, um dos seus mais “malucos” colegas de cela, “que fingia que falava inglês” e “queria ser rei no Senegal”.
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