quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Oposição propõe CPI para investigar caixa 2

"MP Eleitoral concluiu investigações. Provado que as denúncias feitas contra mim eram falsas e tinham objetivo de forjar armação política.” Beto Richa (PSDB), prefeito de Curitiba, em comentário escrito no Twitter, comemorando o fato de ter sido isentado de culpa mas esquecendo-se de que foram encontrados indícios de caixa 2 em sua campanha

Conclusão da investigação sobre o caso do Comitê Lealdade reacende o pedido de opositores de Beto Richa para que Câmara Municipal apure a campanha tucana
Publicado em 15/10/2009 | Caroline Olinda - Colaborou Kátia Chagas

O bloco de oposição ao prefeito de Curitiba na Câmara Municipal quer usar o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral sobre o caso do Comitê Lealdade para reacender a campanha pela abertura de uma CPI para investigar o caixa 2 na campanha de reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB). No parecer, o procurador regional eleitoral, Néviton Guedes, conclui que a campanha tucana deixou de declarar recursos à Justiça Eleitoral usados pelo comitê, formado por dissidentes do PRTB. Isso caracterizaria prática de caixa 2. Mas Guedes isentou Richa de qualquer envolvimento no caso.

A oposição busca assinaturas para a abertura da CPI desde junho deste ano, quando vieram à tona as suspeitas de irregularidades na prestação de contas da campanha do tucano. Na época, foi divulgado um vídeo em que 23 pessoas aparecem recebendo dinheiro em espécie (R$ 1,6 mil cada um) de Alexandre Gardolinski, coordenador do Comitê Lealdade – composto por ex-integrantes do PRTB, que deixaram o partido para apoiar Richa na eleição de 2008 (oficialmente, a legenda apoiou Fabio Camargo, do PTB, na campanha para prefeito e não poderia apoiar o tucano). Os dissidentes informaram que receberam os recursos para trabalhar na campanha de Richa, mas isso não aparece na prestação de contas apresentada pelo PSDB à Justiça Eleitoral.

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